quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Resenha do Livro O Cortiço de Aluisio de Azevedo


O livro começa narrando a história de João Romão ao seu enriquecimento. Para acumular dinheiro, ele explora os empregados  utiliza até do furto para  atingir seus objetivos. João Romão é o dono do cortiço, da taverna e da pedreira. Sua amante, a Bertoleza ajuda de domingo a domingo  trabalhando sem descanso.
Em oposição a João Romão, surge a figura de Miranda, o comerciante bem estabelecido que cria uma disputa acirrada com o taverneiro por uma braça de terra que deseja comprar para aumentar seu quintal. Não havendo consenso, há o rompimento provisório de relações entre os dois.
Com inveja de Miranda, que possui uma renda mais alta, João Romão trabalha mas, e passa por privações para enriquecer mais que seu oponente. Um fato, no entanto, muda a perspectiva do dono do cortiço. Quando Miranda recebe o título de barão, João Romão entende que não basta ganhar dinheiro, é necessário também ter uma posição social reconhecida, frequentar ambientes de classes altas, ter roupas finas, ir ao teatro, ler romances, participar da vida burguesa.
Lá no cortiço, estão os moradores de menor ambição financeira. Destacam-se Rita Baiana e Capoeira Firmo, Jerônimo e Piedade. Um exemplo de como o romance procura demonstrar a má influência do meio sobre o homem é o caso do português Jerônimo, que tem uma vida boa até cair nas graças da mulata Rita Baiana. Acontece uma transformação no português do  trabalhador, que muda todos os seus hábitos.
A relação entre Miranda e João Romão melhora quando o comerciante recebe o título de barão e passa a ter superioridade garantida sobre o oponente. Para imitar as conquistas do rival, João Romão promove várias mudanças na estalagem, que agora que tem  ares aristocráticos.
O cortiço todo também muda, perdendo o caráter desorganizado e miserável para se transformar na Vila João Romão. O dono do cortiço chega perto da família de Miranda e pede a mão da filha do comerciante em casamento. Há, no entanto, o empecilho representado por Bertoleza, que, percebendo as manobras de Romão para se livrar dela, exige ter os bens acumulados a seu lado. 
Para se vê livre da amante, que atrapalha seus planos de ambiçao social, Romão a denuncia a seus donos como escrava fugida. Em um gesto de desespero, prestes a ser capturada, Bertoleza comete o suicídio, deixando o caminho livre para o casamento de Romão. 
O livro é interessante, pois mostra como era tempos passado, e como a ambição prejudicava e ao mesmo tempo ajudava. Além de mostrar um fato que até nos dias atuais acontece, a desigualdade social.



Por: Thaís Michelle





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